quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Fernanda Torres: uma atriz que joga nas onze

Os dias que seguem são de muitos encontros com Fernanda Torres para o titular deste blog. O primeiro deles, sexta, na estreia da peça escrita por ela, 'Deus é Química', no Teatro dos Quatro. O segundo, ontem, durante o Prêmio Multishow, do qual ela foi apresentadora e o único motivo para acompanhar à desinteressante cerimônia. O terceiro, logo, logo, com a estreia de 'Os Normais 2', marcada para o dia 28. Em todos, a garantia do star quality de Fernanda, uma atriz que soube imprimir sua personalidade mesmo sendo filha daquela que é considerada a grande dama do teatro brasileiro.

Na peça, que entra em sua segunda semana, ela mostra que também sabe escrever: dirigido por Hamilton Vaz Pereira, o espetáculo que marca a primeira vez da atriz como autora tem todo o sarcasmo peculiar à intérprete, tudo muito bem fundamentado em fina ironia e também muita bobagem, porque ninguém é de ferro. Na montagem, ela e Luiz Fernando Guimarães, seu habitual parceiro, se veem jogados numa saga em que fazem uma viagem pelo mundo dos alucinógenos - e por que não? - pelo mundo propriamente dito, do Himalaia ao Afeganistão, de Bagdá à Amazônia. A jornada lisérgica tem como grande mérito a proposta de encenação, com banda ao vivo, uso de texto na mão, sonoplastia muito bem executada e luz que desenha bem os climas da montagem. Jorge Mautner, Francisco Cuoco e Fransergio Araújo dão tempero ainda mais escrachado ao espetáculo, garantia de risos fartos.

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