quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Inglaterra, Rio e o comportamento da plateia

Todos sabem que, infelizmente, embora as salas de teatro sejam, majoritariamente, ocupadas pelos que estão no topo da cadeia econômica - graças aos altos preços dos ingressos -, nem sempre o comportamento dos espectadores é condizente com sua condição financeira. Em estreia recente, da peça 'Adorável Desgraçada', com Débora Duarte, no Solar de Botafogo, duas atrizes não se intimidaram com o clima intimista do monólogo: uma esqueceu de desligar seu telefone; a outra passou boa parte da encenação trocando mensagens ao celular, sem se importar com a luz do visor que se destacava na plateia escura. Além de espectadoras, são colegas de profissão da atriz que, em cena, era obrigada a lidar com tais impedimentos à sua concentração. Um comportamento lamentável que, em palcos fora do Brasil, poderia ser repreendido com veemência.

Basta ver o caso que envolveu o ator Ian Hart, 45 anos, e um espectador que, segundo consta, teria conversado durante toda a peça que o intérprete britânico apresentava. No intervalo, Hart não se intimidou: dirigiu-se ao espectador com raiva, exigindo que calasse a boca. O homem em questão pensou tratar-se de uma fala do espetáculo. No fim da peça, contudo, o ator partiu para cima dele, gritando, acusando-o de ter falado a peça inteira. Pessoas próximas tiveram que intervir, para que o incidente não terminasse em agressão. Agora, o espetador estuda processar o ator, conhecido por ter interpretado Quirinus Quirrell, o professor de defesa contra as artes das trevas, no filme 'Harry Potter e a Pedra Filosofal'.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Vinte anos depois, o desejo mora ao lado

A atual montagem (acima) e a montagem original da peça, de 1987

Já disse Santo Agostinho que a medida do amor é amar sem medida. Sem censura, ele se apresenta em sua mais célebre forma, o amor carnal, na peça 'A Loba de Ray-Ban'. Em cartaz no Teatro Frei Caneca em São Paulo até 20 de dezembro (e com viagem marcada para o Rio), o espetáculo excede em sensualidade já nas fotos de divulgação feitas por Luiz Tripolli: suas imagens captam a atmosfera de desejo compartilhado que permeia a montagem. Nela, Christiane Torloni é uma atriz experiente que se apaixona por uma colega de profissão jovem, papel de Maria Maya - uma instigante aproximação assistida pelo marido da primeira, também ator, interpretado por Leonardo Franco.

Um triângulo amoroso se estabelece e ecoa na primeira montagem do espetáculo, de 1987, que teve o saudoso Raul Cortez no papel do 'lobo', hoje transformado em 'loba' na composição de Christiane. A atriz participou da montagem original, como a mulher do personagem de Cortez. Leonardo Franco também estava no elenco, como o jovem ator por quem o lobo se apaixonava, agora a atriz interpretada por Maria Maya. A direção do celebrado texto de Renato Borghi é, mais uma vez, de José Possi Netto.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Musical 'Gipsy' anuncia seus testes de elenco

Prevista para estrear em janeiro, a aguardada montagem brasileira do musical 'Gipsy', mais uma sob o comando de Charles Möeller e Claudio Botelho, já começa a garimpagem para testes de elenco: bailarinos/atores/cantores interessados e que possuam experiência comprovada em teatro musical devem enviar currículo com foto recente de corpo inteiro para o e-mail gipsy@aventuraentretetimento.com.br até o dia 3 de dezembro. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 2286-2035. Há papéis disponíveis para duas meninas, entre 8 e 13 anos, uma atriz e um ator, com idades entre 18 e 25 anos. Para o elenco de apoio, podem se candidatar bailarinos entre 20 e 30 anos. É desejável que a atriz, bailarina e cantora adulta seja bastante experiente e que o ator, bailarino e cantor tenha longa vivência em sapateado.

Com música de Julia Styne, letras de Stephen Sondheim e texto de Arthur Laurentes, 'Gipsy' se debruça na história de uma das mais famosas strippers que os Estados Unidos já conheceram e sua relação com a mãe dominadora. Na versão brasileira, os papéis serão defendidos por Adriana Garambone e Totia Meirelles. A Broadway recebeu revival recente do antológico musical, com Patti Lupone no lendário papel da mãe: uma interpretação vibrante, com solos antológicos a serviço da pulsante música de Sondheim. Mais uma produção de qualidade importada para o Brasil sob o selo de qualidade da dupla Möller e Botelho.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Broadway à carioca com o 'Teatro Para Todos'

De volta, depois de um longo e tenebroso inverno. E a pleno vapor, orgulhosamente, na divulgação da campanha Teatro Para Todos. A partir desta sexta-feira, dia 20 de novembro, e até 20 de dezembro, o carioca terá a oportunidade de assistir a espetáculos teatrais de sucesso pagando bem menos que de costume: quem adquiri-los num dos postos de venda da campanha, pagará entre R$ 5 e R$ 25. Não é pouca coisa: vejamos o exemplo do musical 'O Despertar da Primavera': na bilheteria do Villa-Lobos, o ingresso varia entre R$ 60 e R$ 70. Quem correr para comprá-lo num dos postos de venda do Teatro Para Todos, paga apenas R$ 25, mais de 50% de desconto.
Parece a área dos tickets da Broadway em Times Square, só que com pontos de venda espalhados pela cidade: um quiosque fixo instalado na Cinelândia; quiosques móveis que circulam por diversos bairros do Rio; postos BR; filiais das Lojas Americanas Express e Americanas.com e através do site ingresso.com.

Os espetáculos recordistas de ingressos na campanha este ano são a comédia ‘Farsa da Boa Preguiça’ (5.900 ingressos); o musical ‘Hairspray’ (4.800 ingressos); a comédia romântica ‘A História de Nós Dois’ (4.200 ingressos); a comédia ‘Gorda’ (3.850); o drama ‘Zoológico de Vidro’ (3.800) e o musical ‘O Despertar da Primavera’ (2.650). É a sétima edição da bem-sucedida campanha idealizada pela APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro), que este ano oferece mais de 100 mil ingressos para um total de 68 peças. Informações pelo 2205-2202 ou no site http://www.teatroparatodos.com.br/