quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Vinte anos depois, o desejo mora ao lado

A atual montagem (acima) e a montagem original da peça, de 1987

Já disse Santo Agostinho que a medida do amor é amar sem medida. Sem censura, ele se apresenta em sua mais célebre forma, o amor carnal, na peça 'A Loba de Ray-Ban'. Em cartaz no Teatro Frei Caneca em São Paulo até 20 de dezembro (e com viagem marcada para o Rio), o espetáculo excede em sensualidade já nas fotos de divulgação feitas por Luiz Tripolli: suas imagens captam a atmosfera de desejo compartilhado que permeia a montagem. Nela, Christiane Torloni é uma atriz experiente que se apaixona por uma colega de profissão jovem, papel de Maria Maya - uma instigante aproximação assistida pelo marido da primeira, também ator, interpretado por Leonardo Franco.

Um triângulo amoroso se estabelece e ecoa na primeira montagem do espetáculo, de 1987, que teve o saudoso Raul Cortez no papel do 'lobo', hoje transformado em 'loba' na composição de Christiane. A atriz participou da montagem original, como a mulher do personagem de Cortez. Leonardo Franco também estava no elenco, como o jovem ator por quem o lobo se apaixonava, agora a atriz interpretada por Maria Maya. A direção do celebrado texto de Renato Borghi é, mais uma vez, de José Possi Netto.

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