quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Inglaterra, Rio e o comportamento da plateia

Todos sabem que, infelizmente, embora as salas de teatro sejam, majoritariamente, ocupadas pelos que estão no topo da cadeia econômica - graças aos altos preços dos ingressos -, nem sempre o comportamento dos espectadores é condizente com sua condição financeira. Em estreia recente, da peça 'Adorável Desgraçada', com Débora Duarte, no Solar de Botafogo, duas atrizes não se intimidaram com o clima intimista do monólogo: uma esqueceu de desligar seu telefone; a outra passou boa parte da encenação trocando mensagens ao celular, sem se importar com a luz do visor que se destacava na plateia escura. Além de espectadoras, são colegas de profissão da atriz que, em cena, era obrigada a lidar com tais impedimentos à sua concentração. Um comportamento lamentável que, em palcos fora do Brasil, poderia ser repreendido com veemência.

Basta ver o caso que envolveu o ator Ian Hart, 45 anos, e um espectador que, segundo consta, teria conversado durante toda a peça que o intérprete britânico apresentava. No intervalo, Hart não se intimidou: dirigiu-se ao espectador com raiva, exigindo que calasse a boca. O homem em questão pensou tratar-se de uma fala do espetáculo. No fim da peça, contudo, o ator partiu para cima dele, gritando, acusando-o de ter falado a peça inteira. Pessoas próximas tiveram que intervir, para que o incidente não terminasse em agressão. Agora, o espetador estuda processar o ator, conhecido por ter interpretado Quirinus Quirrell, o professor de defesa contra as artes das trevas, no filme 'Harry Potter e a Pedra Filosofal'.

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