terça-feira, 9 de junho de 2009

A merecida coroação de 'Billy Elliot' em NY

Assisti a 'Billy Elliot - The Musical' quando ele ainda era privilégio do West End londrino, no início de 2006, e saí do belo Victoria Palace Theatre com a certeza de que aquele era o melhor musical que eu tinha visto em todos os tempos. Foi uma noite mágica, em que nem o assento pouco privilegiado - mas ainda assim com boa visão do palco - atrapalhou o efeito que o musical teve sobre meus ânimos variáveis de quem viajava sozinho: a adaptação que o próprio diretor Stephen Daldry fez para os palcos de seu filme de 2000 é sublime, ode à liberdade muito bem orquestrada pelas canções de Elton John com letras de Lee Hall.
Não por acaso, o musical foi parar na Broadway e acaba de faturar 10 prêmios no Tony, o Oscar do teatro - os três garotos que se revezam no papel do protagonista foram agraciados com o prêmio de melhor ator (quando eu vi, eram outros três, que já cresceram e deram lugar aos atuais). No inteligente cenário que muda de tamanho num piscar de olhos à frente do espectador, há espaço até para Billy, o garoto filho de pai opressor que sonha se tornar dançarino no norte da Inglaterra, alcançar ares de Peter Pan e voar em cena. Entre os números musicais há um especialmente incrível, em que o garoto-prodígio dança em frente a um grupo de furiosos guardas enfileirados. E se Elton John não levou para casa o Tony de melhor música original, há aí uma injustiça, pois as canções que criou resgatam o excelente compositor dos velhos tempos. Quando for a Nova York, não perca tempo vendo sucessos de bilheteria de gosto duvidoso. Aposte no Billy: vale cada centavo do ingresso.

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